domingo, 23 de março de 2008

Luz que brilha

O dia estava muito frio e úmido. O sol estava atrás de nuvens escuras e o vente forte levava a chuva fria e fininha constantemente conta a janela. Rute estava com seu narizinho achatado conta a janela olhando para a chuva que caía lá fora. "Que dia mais chato", pensava ela. Ninguém podia brincar com ela, estava ali tão sozinha... Papai estava trabalhando no escritório, mamãe estava com dor de cabeça, e o nenê, sua pequena irmãzinha, já estava chorando há um bom tempo.

Rute estava pensando se pelo menos a vovó estivesse ali, então tudo seria melhor. Então lembrou do que vovó tinha lhe dito uma vez: "Se a gente ler de manhã, bem cedo, um trecho da Bíblia e depois tentar viver o dia todo de acordo com aquilo que a gente leu, nunca se tem tempo para se sentir sozinha ou triste, e além do mais não se tem o problema de não ter o que fazer." Pensando nisso, Rute foi buscar o seu Novo Testamento. Tinha tempo de sobra para estudar o seu versículo para a escola dominical. Depois de algum tempo ela encontrou o evangelho de Mateus e leu ali no capítulo 5: "Vós sóis a luz do mundo; não se pode esconder a cidade edificada sobre o monte, nem se acende uma lâmpada para colocá-la na bacia, mas no velador, para alumiar a todos os que estão na casa. Assim, brilhe também a vossa luz diante dos homens...".

Rute ficou pensando... O dia está tão triste e cinzento. Será que não deveria trazer um pouco de luz a todos os que se encontram em casa? O nenê continuava chorando. Rute foi até o quartinho dele, levantou cuidadosamente a irmãzinha do seu berço, tomou-a nos braços e a carregou por um tempo para que ela pudesse arrotar. Quando depois ela a pôs de volta no bercinho, logo começou a dormir sossegadinha. Logo depois, Rute foi até o quarto da mamãe. Ela estava deitada com muita dor de cabeça. Quando Rute entrou, mamãe disse: "Filhinha, foi tão bom que você acalmou o nenê. Eu não consigo nem levantar a minha cabeça, não estou me sentindo nada bem.
Rute ficou muito contente com o elogio. Correu então até o banheiro e voltou com um pano úmido. Colocou-o sobre a testa da mamãe. Depois puxou as cortinhas para que ficasse escuro no quarto e saiu em silêncio. Mamãe sorriu para ela: "Minha filha querida! Obrigado!" Aí, Rute se lembrou do quartinho de brinquedos que estava completamente desarrumado com brinquedos por todos os cantos. Foi para lá e logo, logo, cada coisa estava em seu lugar. Tudo arrumadinho! Depois ela foi para a cozinha. A esta altura já era quase 5 horas e a qualquer momento papai deveria chegar do trabalho. "Ele deve ficar contente de ver que eu pus a mesa para o jantar também". pensou Rutinha. Mal estava pronta, chegou papai. Quando ele viu tudo arrumadinho e percebeu que Rute tinha feito tudo sozinha, disse: "Meu pequeno raio de sol. Você trabalhou mesmo, hem? Muito bem! Assim que se faz".

E então, quando a mamãe se sentiu um pouco melhor, e pode levantar, o nenê estava descansado e contente. O papai pegou o nenê no colo e ficou ali brincando com ele. Todos estavam contentes e tudo estava tão diferente do que há algumas horas atrás. Mesmo que o céu continuasse cinzento e a chuva e o vento continuavam, no lar de Rute brilhava o sol do amor, da paz e da vontade de uma menina que fez que o Senhor Jesus disse: "Vós sois a luz do mundo... Assim brilhe a vossa luz, para que vendo as vossas obras, glorifiquem a vosso Pai que está no céu."

Extraído da Revista Evangélica "Der beste Freund"

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