segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Os últimos pontos de mamãe

Eu chegara apressada em casa aquela tarde
Correndo, aproximei-me de mamãe
E com Alarido, a fremir de entusiasmo e regozijo
Dei-lhe a noticia, Alvissareira,
Do aniversário de Letícia
A amiga dedicada e boa companheira de estudos
"Mamãe", fui convidada
A ir também à festa
Como não tenho roupa apropriada
Só me resta esperar que a senhora,
Apronte sem demora a blusa escocesa que vovó me deu.
Ficaria muito bem com a saia de lã
Brilharei com certeza
Na festa de amanhã!
Mamãe olhou-me, suave como sempre
E apenas suspirou.
Notei em seu semblante uma expressão de dor,
De doença e fadiga
Que ela sempre amiga
Procurava ocultar num sorriso de amor.
Saí a preparar as minhas lições,
Depois fui ler histórias no jardim
E quando a tarde chegava ao fim,
Fui ver se o meu pedido
Já fora atendido.
Na sala quase escura
Avistei a costura
Dobrada com cuidado
Junto á máquina,
Ao desdobrá-la
Indiscutível foi meu desagrado
Apanhei o trabalho bruscamente
E fui apresentar à mamãe que na cozinha
Ultimava o jantar.


Meu rosto bem traia
O que eu sentia
"Mamãe, disse-lhe então
Eu lhe agradeço
A atenção que não mereço
Mas se a senhora não se incomoda
Digo-lhe agora
Que não gostei da blusa.
A senhora bem vê que não está na moda;
Mamãe olhou-me o rosto descontente
Todavia, não teve, o olhar de quem acusa
Mas sim o merencório olhar de uma doente.


Logo depois do jantar, eu a vi caminhar
Com passos arrastados
Para junto da máquina.
Seu rosto tornara-se macilento
E a costura tremia em suas mãos por um momento
Tristeza estranha me invadiu a alma
Senti quão rude fora, entretanto, o orgulho e a vaidade
Aniquilavam logo aquele sentimento
Que seria talvez de piedade
Ou uma espécie de arrependimento,
No outro dia, cedo ainda,
Mamãe com fraca voz se pôs a me chamar.
Estranhei, fui ao quarto dela correndo
E lá bem junto ao leito pude ver,
À frouxa luz da vela.
A blusa que mamãe estivera a fazer
Querida: disse ela, estou muito doente,
Entretanto ainda hoje espero levantar
E então darei os derradeiros pontos, alguns somente
Para a blusa terminar
Será que agora vais ficar contente?
Seu rosto iluminou-se docemente
Ao proferir as palavras últimas que de mamãe ouvi
Pois naquele mesmo dia
Quando no acaso o sol em agonia
Descansava do mundo e sua lida
Aquela que era o sol de minha vida.
Muito chorei arrependida de ter sido tão exigente
Em minha vaidade desmedida e hoje ainda
Choro amargurada ao contemplar a blusa inacabada
Onde está presa a agulha enferrujada
Com os derradeiros pontos que mamãe nunca mais deu!



Fonte: www.jovemadventista.com.br

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O barquinho

Era uma vez um menino chamado Toninho. Toninho morava perto de um rio e, por isso, gostava muito de barcos. Ele sempre fazia barquinhos de papéis, mas eles acabavam se desmanchando na água.

Um dia, enquanto caminhava pelas ruas da pequena cidade onde morava, ele viu na vitrine da loja, um barco bem bonito, do jeitinho que ele queria. Toninho entrou na loja e perguntou o preço do barco ao dono da loja. Era um valor muito alto e Toninho não tinha o dinheiro para comprar ao barco. Saiu muito triste da loja. Foi no caminho que teve uma idéia. Iria construir o seu próprio barco, mas não de papel, como das outras vezes. Agora ele iria construir um barco de madeira.
Por vários dias, Toninho, juntamente com o seu pai, construiu um lindo barco, o qual o término foi pintado com cores alegres.

Os olhos de Toninho brilharam de alegria ao ver o lindo barquinho colorido. Ficara lindo.
Com todo cuidado, Toninho colocou o barco no laguinho, que ficava perto do rio. E ali brincava alegremente com o seu barquinho.

Um dia, quando Toninho brincava com o seu barco, veio uma forte tempestade levou o barco de Toninho para o rio. Toninho tentou alcançar o barco, mas foi em vão. As águas estavam muito agitadas e levou o barco para longe. Toninho ficou muito triste. O pai até queria fazer outro barco, mas Toninho queria aquele, porque ele tinha gostado muito dele. Outro barco não seria a mesma coisa.

Toninho ficou a caminhar tristemente pelas ruas da cidade. Quando, de repente, ao olhar para uma vitrine de uma loja, viu um barquinho muito parecido com o seu. Ele entrou na loja e pediu ao vendedor para mostrar o barquinho. Toninho pegou o barquinho nas mãos e examinando-o cuidadosamente e concluiu:

- Esse é o meu barquinho.

O vendedor sorriu para o menino e disse:

- Esse barco pode ser seu garoto, mas tem que pagar o preço dele.

Toninho, entre lágrimas, tentou explicar o ocorrido para o vendedor. Mas, o vendedor disse que para Toninho ter o barco de volta, ele teria que pagar o valor do mesmo, porque aquele barco agora pertencia à loja. Toninho saiu da loja muito triste, pensando o que fazer para conseguir o seu barco de volta. Decidiu que iria trabalhar muito, até ajuntar o dinheiro e comprar o barco.
E assim Toninho fez. Por vários dias, Toninho trabalhou incessantemente como entregador, limpador de calçadas, etc. Até que um dia, conseguiu ajuntar o dinheiro para comprar o seu barquinho.

Toninho foi apressadamente a loja, com medo de não encontrar o barquinho. Mas... Para a sua alegria, o barco ainda estava lá. Toninho entregou o dinheiro ao vendedor que lhe deu o barco em troca. Toninho, tomou em seus braços o barquinho dando um suspiro aliviado e disse:

- Meu barquinho querido. Você é meu duas vezes. A primeira vez, porque eu te construí e agora a segunda vez porque eu te comprei.

Essa história é semelhante a nossa vida. E poderíamos dizer que somos como aquele barquinho. Um dia, Deus fez o homem com muito amor e carinho, mas a tempestade (pecado), separou o criador da criatura. Mas... Deus, o criador, teve um plano e através de Jesus Cristo, seu filho, Ele pode trazer o homem de volta para os braços do criador.

Muitas pessoas ainda andam longe do criador, mas Deus espera ansiosamente para tomá-lo em seus braços amorosos, porque o preço já foi pago através do sangue de Jesus derramado na cruz por causa dos nossos pecados.

Autor: desconhecido - Adaptação: Lina

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Estou pronto agora

O Capitão de um navio que ia zarpar, dirigia-se de manhã para o porto. Fazia um frio terrível. Diante da vitrine de um restaurante, viu um menino mal vestido; pôs a mão docemente em seu ombro e disse: “Que está fazendo aí, meu bem?” O menino com o olhar triste, respondeu: “Estou olhando as boas coisas que há aí para comer.” O capitão replicou: “Tenho apenas trinta minutos antes da partida do meu navio. Arrume-se um pouco, lave o rosto e as mãos, penteie-se e vou levá-lo a esse restaurante para comer alguma coisa.” O menino, com olhar de ternura e com lágrimas nos olhos provocadas pelas boas palavras do capitão, correu lavar-se num chafariz próximo, alisou os cabelos e disse: “Estou pronto agora.” E o capitão respondeu: “Muito bem, venha comigo ao restaurante e farei você comer alguma coisa.”

Enquanto o menino comia, o capitão perguntou-lhe: “Onde está sua mamãe, meu bem?” “Mamãe morreu quando eu tinha quatro anos. Não vi mais papai depois da morte da mamãe.” “Quem toma conta de você?”, perguntou o capitão. O menino respondeu com um ar de calma resignação: “Quando mamãe estava doente, ela disse que Jesus tomaria conta de mim e ensinou-me a orar e a amar a Jesus.” O capitão disse: “Se você estivesse de acordo, eu o levaria no meu navio e você poderia servir-me particularmente.” O menino olhou para o capitão e disse: “Capitão, eu estou pronto, agora.” O capitão pôs seu braço ao redor dos ombros do menino e disse-lhe: “Venha comigo e será meu ajudante.”

Chegando ao navio, o capitão apresentou o menino aos marinheiros, dizendo: “Ele será meu ajudante e seu nome é: 'Pronto agora'.” O menino, vestindo o uniforme azul marinho que lhe deram, começou o serviço que executou fielmente. O oficial afeiçoou-se muito a ele. Mas poucou depois, o menino caiu doente e o médico do navio disse ao capitão, depois de alguns dias: “Fiz tudo o que podia por esse menino.” Ele está seriamente doente e não vai sarar.” O oficial pediu ao médico: “Salve-o, não posso perdê-lo.” Mas o menino piorou. Um dia antes de sua morte, o menino mandou chamar o capitão ao qual amava profundamente, e disse-lhe em voz fraca: “Capitão, eu o quero tanto, foi muito bom para mim... Mas sabe, vou para perto de Jesus; não quer dar-lhe seu coração para ir me encontrar no céu? Capitão, Jesus o ama, não quer deixar que ele o salve e torna-se cristão?” O capitão extremanente emocionado, respondeu com voz tremula: "Sim, pensei nisso, meu bem e vou logo tratar do assunto.” “Mas , quando?”, perguntou menino. "Quando estará pronto a dar seu coração a Jesus?” "Bem... Sim...'', disse o capitão, “Não vou esperar muito mais.” "Oh! Capitão deixe-se salvar por Jesus. Quando estará pronto?” Com lágrimas correndo pelas faces, o oficial se pos de joelhos e orou: “Estou pronto agora, pronto agora...” E aí, ajoelhado, com o coração arrependido e humilhado o oficial deu o coração e a vida a Jesus.

Fonte: Achei – autor (Hélène e Samuel Grandjean)

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Não vá, papai!

Era um dia de grande reunião. O auditório estava quase repleto, e havia uma imensa expectativa no ar. Pudera! Que grande orador ia falar. Era um homem ilustre e famoso!

E, antes do início da reunião, um senhor começou a procurar um lugar. Ele queria assentar-se lá na frente, e estava com uma menina no colo. A garotinha devia ter uns 5 anos e era muito bonita: clara, bem arrumada, e de olhar meigo e puro. E ele conseguiu um lugar, e assentou-se com a menina no colo, ainda.

Em poucos minutos o auditório lotou. Não havia nenhum lugar mais. E a reunião começou: o orador logo prendeu a atenção de todos. Ninguém se mexia. Eles não queriam perder nenhuma só palavra. Mas o que será que o orador estava falando que era tão interessante?

Era sobre a influência. Dizia que nós recebemos muitas influências. Por exemplo: um homem ilustre influencia outro homem. Uma pessoa simples, também influencia, com a sua simplicidade, a outra pessoa. Um mendigo, às vezes, até pode influenciar uma pessoa rica e famosa. Uma criança influencia outra criança, e as crianças assimilam o que a outra tem de bom. Influência.

Bem diz a palavra de Deus: "As más conversações corrompem os bons constumes". Influência. Um pai influencia o filho, a filha e a esposa.

Às vezes, o pai não percebe a grande influência que ele exerce, mas, não é que de repente, na frente das visitas, seu filho comete uma falta tão grave, que ele se assusta, e fica todo bravo... Mas também percebe que aquela falta que o irritou tanto é exatamente a que ele escondeu do seu filho. É a sua falha! Ele viu no filho aquilo que ele mais detesta, e que esconde dos outros. Pois foi precisamente aquilo que influenciou o seu filho. Então ele bate no filho. Que pena!

E há quem diga: eu não influencio ninguém, e não me deixo influenciar.

E aí, o orador parou e fixou os olhos naquele homem com a menina bonita no colo, pensou e disse: estão vendo aquela menininha ali? Até ela, tão linda e pequena, exerce muita influência. Quando o orador apontou para a menina, no meio daquele imenso auditório repleto de gente, o pai se levantou como se tivesse sido empurrado por uma mola, foi até a frente, e gritou: "Isto é verdade mesmo!"

O público ficou silencioso, o pregador meio embaraçado e o auditório curioso.

- Por que será que aquele senhor com a menina no colo gritou?!

E o orador percebeu a curiosidade de todos, e então perguntou:

- Por acaso o senhor poderia explicar o motivo de tamanha explosão?

O pai também estava meio confuso. Ele mesmo não esperava uma reação assim tão grande diante de todos, e estava meio assustado. Então olhou para os lados, depois para a filhinha no seu colo, e aí começou a falar:

- Sabem? Eu tinha um grande emprego. Eu era respeitado e querido na companhia. Mas um dia, recebi influências de uns amigos que me pareciam muito bons. Eles eram despreocupados, alegres e felizes. Mas, aos poucos, conseguiram me levar para uma casa de bebidas, e disseram: "Aqui é muito bom. A gente se esquece da vida. É divertido. Pra que só trabalhar, não é? Não somos escravos." A princípio, eu só olhei, mas depois, entre risos e piadas, eu bebi um pouco, e mais um pouco, e logo não conseguia mais voltar para casa sem antes sentir o cheiro da bebida, sem antes ouvir as risadas dos amigos e suas piadas. Eles eram tão engraçados! E nesta época, eu tinha uma linda filha!

E a voz daquele pai, agora, parecia um soluço.

- Minha filha tinha dezenove anos. Que filha! Boa, meiga, carinhosa, obediente, com o coração terno, tão terno como eu nunca mais vou conhecer outro. Pois minha filhinha, quando via que eu não voltava para casa logo, ficava com medo de que eu estivesse bêbado, que caísse na rua, que me machucasse, então, todas as noites ela ia até aquela casa de bebidas, e ficava na porta me esperando, e, de vez em quando, ela punha seu rostinho lindo pra dentro e dizia: "Vamos, papai? Vamos, paizinho, eu vim te buscar." Ela ficava do lado de fora, mas algumas vezes, eu a fiz entrar naquele lugar.

E o pai chorou, e a platéia também.

- E do lado de fora da casa de bebidas, chovia, ventava e fazia frio, muito frio. E quando ela já estava toda gelada, arriscava a dizer novamente, com sua carinha pálida, humilde: "Eu vim te buscar, paizinho." E quando eu saía, ela ia comigo para casa, e me abraçava, como que querendo me proteger. Mas aquelas noites em claro, no frio e na chuva, deram para minha filha um resfriado muito forte. E o resfriado nunca foi tratado, porque eu precisava beber. E o resfriado se transformou numa tuberculose. E a minha filha meiga, amorosa e obediente, um dia me chamou e disse:

- Paizinho, só há um caminho. Ele dá alegria e paz. Por que você não o segue, papai?

- Qual é esse caminho, filhinha?

- É Jesus, papai. Busque-o. Pegue a minha Bíblia. Ela está embaixo do meu travesseiro. Aí você vai achar o caminho para você e para nossa família. Papai, eu estou indo, paizinho. Adeus.

- E morreu o meu anjo, a minha filha. E eu fiquei desconsolado e triste. Então, em lugar de ler a Bíblia, eu fui para casa de bebidas, para me esquecer dela. Só que agora, eu tinha medo da noite. Tinha medo de ir sozinho. Tinha medo de voltar pra casa sem ninguém para me proteger. Lembrava-me dela sem parar. Então eu tive uma idéia: comecei a levar comigo essa outra filhinha, e ela só tem 5 anos. E eu ia todos os dias com ela. Não foi suficiente a morte da minha filhinha querida. Eu estava cego. A influência dos amigos, e agora daquele ambiente eram muito grandes. Maior do que o amor pelas minhas filhas. E lá ia eu com esta filhinha, andando de noite pela rua, e voltando de madrugada. E uma noite, quando eu estava chegando com ela na casa de bebidas, ouvi uma gritaria que vinha de lá. Havia um alvoroço, e pessoas iam e vinham. Até a polícia chegou! Apressei meu passo. Anda, filhinha, mais rápido um pouco. - falei.

- Não posso, papai, estou com sono. Quero dormir.

- E a gritaria aumentava e eu estava fascinado. Queria saber o que estava acontecendo. Então eu puxei minha filhinha, quase arrastando-a pela mão, e consegui chegar até aquela casa maldita, e minha filha falou com uma voz que ninguém nunca ouviu na vida:

- Não vá, papai, por favor.

- Mas eu entrei com o coração duro.

- Não, não entre mais, papai. Papaizinho, não vá lá. E ela disse medrosa e timidamente: Jesus, Jesus! Ajuda o papai.

- Eu ouvi. Ela falou bem baixinho. E, de repente, senti um calor na minha mão, e olhei assustado. Alguma coisa estava me queimando. Olhei bem. Era uma lágrima quente que escorreu dos olhinhos da minha filha, e foi até a minha mão, queimando-a. Fui tomado de uma emoção descontrolada. Num relance percebi tudo o que havia feito. Por influência desta minha filhinha e daquela lágrima quente, o véu que havia nos meus olhos caiu. Olhei para ela. Como você é linda, filha! Eu enxerguei. Fiquei livre da escravidão. Num relance percebi todo o mal que estava fazendo para minha filhinha, para minha esposa e... Senti toda a culpa da morte da minha amada e meiga filha, que se sacrificou por mim. E eu senti no coração a lágrima quente e a palavra "Jesus, Jesus" que esta pequenina falou.

Depois que falou tudo isso, olhou para o público, ficou quieto um pouco, e continuou:

- Acho que os senhores entenderam agora porque eu dei aquele pulo com a minha filhinha no colo, não é?

Que silêncio constrangedor!

E a filhinha abraçou o pescoço do papai, com força, e ele ainda falou:

- Pois eu nunca mais tomei um gole sequer de bebida alcóolica. Atravesso a rua para não passar em frente daquela casa maldita. Há doze meses que eu não bebo mais, e nunca mais vou beber, tudo por influência das minhas filhinhas... E de Jesus. Senhor pregador, perdoe-me, mas eu não pude me conter, porque confesso, recebi a influência direta e dolorida das minhas filhinhas.

E todo auditório continuou num silêncio imenso. Então o pregador, muito sério, olhou para todos e disse:

- Está encerrada a minha palavra. Foi mais do que suficiente.

Papai, dos lábios de Jesus Cristo saíram estas palavras que foram registradas no livro de Lucas 10:21: "Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelastes às criancinhas".

Como são belas as criancinhas!

Que Deus ajude você, papai, neste seu dia, e que a sua influência possa levar sua esposa, suas filhinhas, seus filhos e seus amigos, para os braços eternos e amorosos do Senhor Jesus Cristo.

(De Benjamim Roth, adaptado para o Dia dos Pais, pela Tia Ester)

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O surdinho

A meninada toda estava na rua. Como era divertido brincar com o surdinho!
- Sur-di-nho! Sur-di-nho! - chamavam os meninos.

E batiam nele de um lado e de outro. O menino surdinho até ficava tonto. Os garotos às vezes caçoavam tanto dele, mas tanto, que o surdinho corria pra casa, chorando, chorando. Um dia os meninos abusaram demais. Chegaram até a lhe dar tapas, pisar nos pés, beliscar e empurrar com tanta força que surdinho caía no chão.

Queria ir para casa, mas não podia... Os moleques o agarravam... Assim que conseguiu escapar, fugiu, deixando os moleques rindo e caçoando dele. Mamãe - vocês sabem como são as mamães - logo percebeu que alguma coisa não ia bem. Correu e abraçou Surdinho.

- Que foi filhinho, que foi?
Ele também abraçou a mamãe e chorou muito, muito. Depois enxugou os olhinhos, ameaçou um sorriso, jogou um beijo para mamãe e saiu. Ela estava fazendo o almoço e com gestos falou que ele não demorasse. Mamãe ficou em casa com um aperto no coração.

Surdinho passou escondido pela rua. Quando viu um menino, entrou num jardim até que o garoto sumiu. Olhou dos lados e não viu ninguém. Começou a correr, até ficar muito cansado. Daí começou a andar devagar. Estava tão distraído que nem sabia por onde andava. Seu coraçãozinho estava muito cansado. Sabem? Ele se achava fora da cidade. Longe, não?

De repente, Surdinho viu o trilho do trem. Começou a andar nele e a se equilibrar. Pulava nas madeiras que seguravam os trilhos. Achou tão gostoso brincar ali, sozinho, que até começou a sorrir. E pulava, pulava e ria bastante. Era a primeira vez que isso acontecia.

Sua mãe, lá em casa ficou aflita, e cada vez mais aflita. Lembrou-se do Surdinho, da sua tristeza, e pensou: "Está acontecendo alguma coisa com ele. Saiu correndo para a rua. Viu os meninos brincando.

- Hei, sabem do Surdinho?

- Não está em casa?

- Não, ele saiu e não voltou. Ajudem-me a procurá-lo.

Surdinho continuava correndo pelo trinho, rindo, rindo.

- Piuiiii! - apitou o trem, lá longe.

Mamãe ouviu aquele apito e gritou:

- O trem, o trem!

Ela correu em direção à linha do trem. Os meninos foram atrás.

- Piuiiiiiiii! - apitou o trem mais forte, mais perto.

De longe mamãe viu Surdinho pulando e o trem se aproximando. As crianças começaram a gritar. Ficaram desesperadas. Queriam passar na frente do trem. Mamãe, chorando, gritou:

- Filhinho!

O maquinista do trem viu o menino, tentou brecar, mas não deu tempo...

O Surdinho morreu! Mas morrer é simplesmente ir morar no céu, com Jesus, um lugar lindo e maravilhoso. Agora Surdinho estava feliz no céu. Agora ninguém caçoava dele e podia ouvir tudo, tudo. Ouvia a voz de Jesus, tão meiga e amiga.

Os meninos choravam arrependidos. Haviam maltratado tanto o Surdinho que ele fugiu para longe e o trem o matou. Agora o jardim perdeu a graça. A rua ficou triste sem Surdinho. As crianças não quiseram mais brincar na rua. Nunca mais caçoaram de outro menino. Nunca mais jogaram pedra num aleijado. Nunca mais riram de um bobinho. Nunca mais bateram num surdinho. Nunca mais, nunca mais.

E vocês? Têm tratato sempre com bondade e alegria as pessoas que são aleijadas, ou têm algum problema? Quando você vir alguém assim não critique nem dê risadas. Ao invés de você criticar, ore por ele. Jesus ensinou claramente que devemos amar uns aos outros. Quando alguém abusa de nós, devemos pagar o mal com o bem. Jesus promete recompensar-nos se assim fizermos.

Fonte: Tia Ester

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Abubaquer

Isto aconteceu num povoado da Índia, durante a guerra mundial passada. Os exércitos inimigos invadiam a Índia, e os soldados ajudavam o povo a fugir para salvar suas vidas. Muitos lares ficavam assim separados e nunca mais um chegaria saber do outro. O lar de Abubaquer era muito humilde. Seu pai possuía uma tenda onde ele passava muitas horas olhando o povo que entrava, comprava e saía. À tarde, esperava ansiosamente o momento em que seu pai fechava o negócio, pois sabia que então teria alguns momentos para ele... Às vezes saíam para passear e outras vezes iam brincar. A alegria não durou muito, pois chegou a invasão a seu povoado e eles tiveram que fugir ficando assim separados. A mamãe ficou com Abubaquer, e seu papai foi levado quem sabe para onde. O menino ficava muito triste, sempre pensando em seu papai, já não tinha sua companhia para soltar pipas e para passar momentos alegres com ele.

Certo dia, ia muito pensativo pelas ruas do povoadozinho, ouviu vozes de crianças e ao aproximar-se da porta viu de onde saíam as vozes. Olhou para dentro e viu que todas as crianças estavam de pé e todos com os olhos fechados e pareciam falar com alguém, mas não viu nada. Ao terminar, todos tomaram seus livros e correram para suas casas. Abubaquer aproximou-se de um menino e perguntou-lhe com quem estavam falando naquele momento. O menino respondeu: com Deus. Abubaquer se interessou e seguiu perguntando se Ele ouvia mesmo e respondia. O menino falou-lhe de Jesus, de como nos ama, como podemos falar-lhe por meio da oração e que Ele nos responde e convidou para que estivesse com eles no dia seguinte.

A caminho de casa, Abubaquer colocou a mão no bolso buscando uma moeda, e parou numa tenda e comprou uma pipa (papagaio). Chegou em casa e sua mamãe não estava, assim que ele tomou o lápis e escreveu algo em sua pipa e foi correndo à montanha mais alta que havia ali, e ali soltou o seu papagaio, e como se sentia feliz ao vê-lo ficar tão alto, mas o vento de repente parou e pouco a pouco a sua pipa foi descendo. Abubaquer imediatamente disse para si: "Eu creio que Deus teve tempo de olhar das nuvens e ler o que ele dizia". Enquanto isso, numa grande cidade, perto desta aldeia, um sr. chamado também Abubaquer, ia todos os dias à estação e olhava cada menino e a cada senhora que saltavam do trem, e sempre voltava decepcionado à sua casa. Um dia, que havia ido como tantas vezes, um trem chegou, olhou outra vez cada senhora e cada garoto que descia do trem e voltou triste porque não encontrava os seus queridos. Enquanto caminhava triste, notou que no último vagão daquele trem havia uma pipa e que nela estava escrito alguma coisa. Correu para lá e leu: "Querido Deus, eu me chamo Abubaquer, vivo na aldeia da montanha, e meu papai também se chama Abubaquer. Por favor, mande-o de volta para nossa casa. Muito obrigado". Quando o sr. Abubaquer leu aquilo, imediatamente comprou passagem e no primeiro trem, partiu para aquele povoado na montanha.

Quão feliz ficou ao procurar por sua esposa e filhinho e encontrá-los felizes pelo milagre que lhes acontecera. Jesus escutou a oração de um menino pagão que pediu-lhe para mandar de volta seu querido paizinho. Deus escutou a oração do menino e escutará todas as nossas orações também.

Fonte: Ministério da CriançaInstituto Adventista São Paulo (maio 1994)

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Mamãe eu obedeço

Lucas era um menino muito pobre. Certo dia ele estava com muita fome e não tinha nada para comer. Você sabe o que é querer um pedacinho de pão e não ter nada para comer? O menino Lucas chorou muito. O pai tinha ido embora e nunca mais voltou. E a mãe trabalhava o dia todo. E Lucas? Ficava sozinho em casa.

Mas um dia a mãe foi mandada embora do emprego. E agora, o que fazer? Mamãe chegou em casa chorando.

- Que foi mamãe, o que aconteceu? - perguntou Lucas. E mãe contou tudo. Os dois se abraçaram e choraram.

De repente Lucas se levantou e disse:

- Mas mamãe, nós não temos Jesus?

- Temos sim filhinho.

Lucas só tinha cinco anos e falou como se fosse um adulto.

- Mamãe vamos orar

Lucas era tão pequeno e orou assim: "Jesus, eu sei que o Senhor responde às orações. Então Jesus, manda comida e um serviço para mamãe. Jesus, eu estou com muita fome e também estou triste, porque fico sozinho em casa o dia todo".

Lucas chorou baixinho para que a mãe não ficasse mais triste ainda; "Estou com fome Jesus". E foram dormir. Lucas colocou sua cabecinha no travesseiro e chorando falou: "Eu sei que você, Jesus, ouviu minha oração".
E dormiu. Logo ao amanhecer a mãe já estava pronta pra sair.

- Filhinho, eu vou procurar um emprego. Não saia de casa, fique quietinho tá certo? Abraçou Lucas com muito amor...

E Lucas ficou outra vez sozinho. Ele ficou preocupado. Lucas queria de alguma forma ajudar a mamãe. E pensou:

"Acho que vou sair de casa em casa perguntando se precisam de uma empregada que é muito boazinha, que é minha mãe, e abriu a porta para sair, mas lembrou do que a mamãe disse: Não saia de casa.

- Eu não posso desobedecer a mamãe. Lucas pensou, pensou e disse: - Jesus eu orei para o Senhor dar um trabalho para mamãe. Eu estou com muita fome. Mas eu vou obedecer! Não vou sair.

E fechou a porta, ficou sentadinho no chão, olhando para parede sem se mexer. E ficou ali, já sem forças de tanta fome, ficou durante uma hora, depois passaram duas horas, três horas e... Alguém bateu.

- É a mamãe! E correndo abriu a porta, mas não era ela.

Sabem quem estava ali? Uma moça de olhos bondosos com muito carinho disse:

- Bom dia. Eu estava em casa orando, e de repente fui até a janela. Eu moro naquela casa grande do outro lado da rua, e vi quando sua mãe saiu e vi também que ela estava chorando. Então Deus falou ao meu coração: "Vá lá", e eu estou aqui. O que aconteceu?

Lucas arregalou os olhinhos e contou tudo chorando, chorando toda sua tristeza.

- Ah! - disse a moça - Foi por isso que Jesus me mandou aqui. Estou precisando de alguém para tomar conta da minha casa. Alguém como sua mãe. Não para ser empregada, é para tomar conta das outras empregadas. Preciso de uma governanta, e tem mais, no jardim existe uma casa para vocês.

Lucas ficou até sem ar. Nem podia falar. Quando mamãe entrou chorando...

- Quem é esta moça?

- Sou sua patroa. Vocês vão morar comigo. Vai ter uma casinha só pra vocês dois. Lucas nunca mais vai ficar sozinho. Vai ter comida, roupa e tudo mais que precisam. Eu também sou de Jesus e Ele me mandou aqui... Seu filho é maravilhoso e me contou tudo o que vocês estão passando.

Mamãe nem podia falar. Lucas pulou no colo e disse:

- Viu mamãe, Jesus respondeu minha oração!

A mãe feliz abraçou o seu filhinho dizendo:

- Lucas você tem mais fé do que a mamãe, muito mais... Deus ouviu você meu filho!

Assim logo se mudaram para aquela linda casa. E Lucas nunca mais passou fome e nunca mais ficou sem a mamãe. Que bom, não é? Jesus respondeu a oração de Lucas.


E você também já se sentiu sozinho sem ninguém para lhe ajudar? Deus está sempre conosco para nos ajudar. Lucas teve fé e acreditou que Deus ia responder sua oração. Deus ouve nossas orações. Orar é falar com Deus! Podemos falar com Deus durante todo dia; deitado, em pé, andando; mas sempre com respeito.

Quando você precisar, faça como Lucas! E saiba que Deus ouve e quer ajudá-lo.

Fonte: Tia Ester

domingo, 20 de abril de 2008

Por causa de um beijo

A rua estava cheia de gente. Mas é claro! Uma mulher estava sendo arrastada pelos guardas e policiais e todos queriam ver o espetáculo. Era uma velhinha maltrapilha, isto é, esfarrapada, pobre, suja e descabelada. Os guardas queriam prende-la, mas ela berrava demais:

- Me larga! Saia daqui! Não vou outra vez para cadeia! Não gosto de lá!

Esperneava e dizia grandes palavrões, os mais baixos e feios. Pobre velhinha! Era puxada com tanta força! Estava toda machucada! Mas o povo gritava sem dó nenhuma: "Prende mesmo. Ela só dá trabalho. Bate na crianças, rouba coisas, desmancha o lixo da gente esparramando tudo no chão". Enquanto o povo berrava, passou por ali uma mocinha de coração muito bom. Ela era muito amiga de Jesus. Viu tudo aquilo, homens e mulheres falando mal da velhinha e pensou em fazer qualquer coisa que pudesse ajudar a pobrezinha. Mas o que?

Pensou: Poderia cantar uma música... Acho que não dá! Ninguém iria ouvir... E se eu falasse alguma coisa para ela? Mas os policiais não iam deixar e talvez também a velhinha não entenderia. O que vocês fariam? Têm alguma idéia? Não?

Pois Catarina, a mocinha bondosa, teve uma, e bem grande. Saiu correndo, e abriu caminho entre as pessoas e conseguiu, muita dificuldade, chegar até a velhinha. Os guardas ficaram assustados vendo uma moça tão linda, naquele lugar. Eles até deixaram de apertar com tanta força os braços da velhinha. Catarina, cheia de amor, no meio de tanta gente com ódio, conseguiu chegar até a pobrizinha. Então, pegou carinhosamente o rosto dela, e lhe deu um beijo. Que idéia não?
Pois foi só isso que Catarina pôde fazer e já sendo empurrada pela multidão furiosa, mas ouviu a voz da velhinha gritando:

- Quem me beijou? Quem me beijou?

E a velhinha gritava e chorava até que conseguiram colocá-la na prisão. Tudo foi ficando calmo, as pessoas foram saindo e comentando. O grande portão da cadeia, rangendo se fechou. Lá ficou a velhinha tão só, tão odiada por todos, mas por incrível que pareça, era querida por Catarina. Ela nunca havia visto aquela velhinha, mas o amor de Jesus que estava em seu coração, foi derramado para velhinha . Escureceu. Silêncio na cidade. Todos dormiam, menos a pobrizinha e a Catarina. Uma pensava na outra. A velhinha dizia:

- É tão estranho! Todos me odeiam, mas alguém me beijou. Quem será?

E Catarina:

-Vai ver a velhinha está machucada, com fome, com frio, sem ninguém.

Amanheceu o dia. Que vontade a Catarina teve de ir ao presídio, de tornar a ver a velhinha tão infeliz. Não conseguiu. Só pôde ir lá no dia seguinte.

...E no grande portão da cadeia:

- Eu gostaria de visitar uma senhora bem idosa, que foi presa anteontem. Será possível?

- Como se chama esta mulher?

-Não sei, disse Catarina.

-Então é impossivel. Você não sabe nem o nome dela. Não posso levar você a percorrer todo o presídio, procurando sua velhinha em todas as celas. Pode ir andando.

Catarina abaixou a cabeça triste, querendo chorar, seus olhos ternos e cheios de lágrimas mexeram com o coração do guarda. Ele pensou um pouco e perguntou:

- Será que você procura uma velha que entrou aqui berrando anteontem?

Cheia de esperança Catarina respondeu:

- Deve ser esta mesma.

-Então desista, mocinha, porque esta de quem eu estou falando está completamente louca. Durante toda noite e o dia também, ela não disse outra coisa a não ser: "Quem me beijou, quem me beijou"?

Catarina sorriu. Aquele beijo de amor mexeu no coração daquela mulher tão infeliz.

- O senhor poderia me levar até lá?

- O que? Mesmo eu contando tudo isso? Não tem medo?

- Não tenho, não. Pode ficar tranquilo. Há alguém que o senhor não vê que está cuidando de mim.

Quando o guarda abriu a porta da cela onde a pobrezinha estava, Catarina se assustou. Ela parecia estar louca mesmo! Estava assentada na cama, olhos parados, voz rouca, dizendo sem parar: "Quem me beijou? Quem me beijou"?

Catarina fez um sinal para o guarda. Ele fechou a porta da cela e ela ficou lá sozinha com a velhinha. Não fez ruido nenhum... Sentou-se a cama dela. Pediu a Deus que a ajudasse. Colocou levemente o braço em volta do pescoço dela. A velhinha olhou assustada e perguntou:

- Você sabe quem me beijou?

- Sei, sim. Eu bem sei.

A velhinha arregalou os olhos:

- É verdade? Quem foi?

- Fui eu, fui eu.

- Pra que?

A velhinha começou a chorar sem parar e, entre soluços falou:

- Minha mãe morreu quando eu tinha apenas quatro anos de idade.
Ela me beijou pela última vez. Desde então, fiquei sozinha. A primeira noite fiquei com medo de dormir na rua. Tudo me assustava. Havia cachorros e quando, num cantinho eu dormia, eles vinham e eu acordava. Não tinha nada para comer. Comecei a roubar. A fome era muito grande e o frio também. Hoje fiquei assim: desprezada, suja e sem vontade de prestar.

Olhou para longe, pensando em alguma coisa muito diferente e perguntou:

- Porque você veio me ver? Porque me beijou?

Houve silêncio.

- Porque eu amo a senhora com amor de de Jesus. Ele morreu numa cruz por sua causa.Apesar de todos os erros Jesus ama a senhora e perdoa.

Jesus entrou no coração da velhinha e ela se tornou a mais linda e simpática da cadeia. Deixou saudades quando saiu de lá. Não precisava dizer mais palavrão nem gritar. Nunca mais morou na rua, nunca mais ficou sozinha porque alguém cheia de amor a beijou.

Amiguinho, você já cantou uma canção de amor para alguém? Você ama a vovó? É bonzinho pra ela? Experimente dar um carinho para a pessoa idosa, ela vai ficar muito feliz e Jesus mais ainda.

Que Deus o abençõe.


Fonte: Tia Ester
Editora: Redijo

domingo, 6 de abril de 2008

Tem ladrão no formigueiro!

Era muito tarde, a noite estava muito fria, as formigas dormiam tranqüilas, elas tinham trabalhado o dia todo carregando suas folhinhas, pequenos grãos que encontravam pelo caminho, e isso era todos os dias, nem sábado, nem domingo, e nem feriado, para elas era dia de ficar sem trabalhar. Mas quando começava a chover então elas vestiam seus agasalhos acendiam uma fogueira bem no meio do formigueiro, então os tocadores de viola começavam a tocar, e ali entravam o dia começava a noite e as formigas, só comendo, cantando e dançando. As vezes uma tiravam um tempinho para namorar, outras iam conversar com a vizinha, outras aproveitavam para dar uma geral na casa, e assim a vida no formigueiro era uma maravilha. Ninguém tinha preguiça, todas faziam um bom trabalho sem reclamar...

1- Miquinha era a formiga rainha mas ela era uma governadora muito bondosa. Cumprimentava todo povoado com muita simpatia todos falavam muito bem dela, pois ela trabalhava de modos que todos gostavam e se a vissem triste era porque estava doente ai todos ficavam preocupados e cada um queria fazer alguma coisa que pudesse alegrá-la. E os dias se passavam fazendo muito frio, um dia todo o formigueiro notou que Miquinha estava muito sumida...

2- Algumas outras formigas foram fazê-la uma visita e viram que ela estava com muita gripe, uma tosse que não parava, então depressa pegaram folhinhas de limão, de laranja de cidreira e fizeram um chá bem forte e gostoso e cuidaram tão bem de Miquinha que logo ela sarou e voltou para o seu trono novamente.

3- Que bom! O Sol voltou a esquentar de novo, então todos saíram para tomar um pouco de Sol, e aproveitaram para reabastecer a casa, afinal tinham de aproveitar todas oportunidades. Descobriram que em uma casa alguém haviam feito um bolo de chocolate todo coberto com chocolate granulado, e deixado em cima da mesa onde elas podiam atacar, há mais não deu outra coisa, rapidamente a fileira estava toda trabalhando, enquanto uns levavam, os pedacinhos do bolo outras já voltavam para buscar mais, hum! A que festa pra hoje a noite alguém disse. Afinal poderemos até fazer o aniversário da rainha com tanto bolo pois ela é tão bondosa para nós!

4- A noite depois de colocarem tudo em ordem arranjaram a mesa para a festa do aniversário, ai foram dormir....Hum! a que noite boa para dormir, quando estamos cansados a melhor coisa é a cama, mas de repente......alguém ouve um ruído muito estranho, era de um personagem que fazia muito medo só em ouvir.
Então a formiga rainha se levantou pé por pé e de repente deu um grito bem alto:
TEM LADRÃO NO FORMIGUEIROOOO!


5- Todos se levantaram menos as formiguinhas pequenas porque elas eram tão pequeninas que na correria poderia alguém ficar atropelada até mesmo pelo intruso que havia entrado no formigueiro.

6- Acenderam-se as luzes e começaram a procurar, de onde vinha o barulho... era um RATO daqueles bem pequeno que nós o chamamos de CAMUNDONGO, mas onde ele chega faz um estrago muito grande. Então a rainha deu ordens para os guardas de plantão atacarem o pequeno ratinho e o colocarem para fora pois ele não fazia parte daquela família tão unida. Crianças nunca devemos permitir que os vícios, mentiras as coisas que vem só para atrapalhar a nossa família, entre em nosso meio. A família é o nosso berço, é o nosso abrigo, é onde nós recebemos carinho é o meio que o Senhor Deus nos deu para viver. Ele não nos fez para vivermos isolados, mas ter como amigos nossos pais, irmãos, avós e todos da nossa família.

7- Mas e as formigas? O que será que aconteceu depois? Há! aí foram comemorar, já que as luzes foram acesas, todos estavam acordados, o bolo já estava na mesa, a formiga rainha estava de pé depois de um susto danado todos riram muito então cantaram: PARABÉNS PRA MIQUINHA ELA É NOSSA RAINHA A FORMIGA BONDOSA QUE NOS TRAZ ALEGRIA

E assim o dia amanheceu, todos no formigueiro mas uma vez acreditaram em MIQUINHA pois através da coragem dela todos foram salvos do perigoso ladrão. Com isso nós aprendemos que alguém tão corajoso que se chama JESUS veio a esta terra nasceu, cresceu e quando Ele era homem Ele deu a sua vida por todos nós, a Bíblia diz que o inimigo da nossas vidas veio para roubar, matar destruir, tudo que DEUS nos dá. Mas JESUS veio para tirar esse ladrão que se chama inimigo, perdoando nossos pecados e nos ajudando a ter coragem para fazer as coisas certas como nos diz a Bíblia: ( O senhor agrada-se dos que o temem...... Salmos 147. 11).


Autora – Neuza Luciano Vieira




CANTE COM AS CRIANÇAS:
Se com a família esta Jesus, é feliz o lar, é feliz o lar, é feliz o lar- 2x
É feliz o lar.
Se com o papai esta Jesus, é feliz o lar...
Se com a mamãe esta Jesus é feliz o lar...
Se com o irmãozinho esta Jesus é feliz o lar...
Se com a irmãzinha esta Jesus é feliz o lar...
Se com o neném esta Jesus é feliz o lar...

sábado, 29 de março de 2008

Se Jesus não tivesse vindo

Era véspera de Natal. Roberto colocou o sapato na porta do quarto e foi dormir. Ele não gostava de deitar-se logo após o jantar. Mas naquela noite estava ansioso para dormir. Queria acordar bem cedo no outro dia para ver os seus presentes. Todas as noites, sua mãe lia um trecho da Bíblia para ele. Naquela noite, ela leu algumas palavras que Jesus dissera aos seus amigos. Uma frase tinha ficado na mente de Roberto: "Se eu não tivesse vindo..."

Não fazia muito tempo que dormia, quando Roberto ouviu uma voz áspera e impaciente
dizer-lhe: "Levanta-te, já!. Está na hora de levantar."

Roberto levantou-se pensando que já era de manhã. Queria ver logo os presentes que papai noel trouxera. Vestiu-se apressado. Logo notou que seu sapato não estava no lugar onde deixara. Então, desceu a escada. Embaixo, tudo estava silencioso. Não havia ninguém lá para dizer-lhe "Feliz Natal". A avórve, os sininhos e as grinaldas de Natal tinham desaparecido. Ele foi olhar a rua. A fábrica, perto de sua casa, devia estar trabalhando, pois ouvia o barulho das máquinas. Correu até a porta da fábrica e deu uma olhadela para dentro.Viu logo o chefe sentado à sua mesa, com uma cara tão carrancuda!

- Por que a fábrica está trabalhando no dia de Natal? - perguntou Roberto.

- Natal? - repondeu o chefe àsperamente - Que você quer dizer com isso? Que é Natal? Nunca ouvi essa palavra.

- Natal quer dizer o aniversário de Jesus.

- Quem é Jesus? Que maluquice é esta? Não atrapalhe o nosso trabalho, menino.É melhor que você vá embora.

Roberto, espantado, foi correndo a outra rua, para olhar o comércio. Todas as casas de négocio estavam abertas. Os empregados das mercearias, dos bancos, das padarias, das lojas, estavam muito ocupados, com ar cansado e aborrecido.

O menino ia perguntando:

- Por que estão trabalhando no dia de Natal?

- Natal? Que é Natal?

- É o aniversário de Jesus - explicava Roberto. Mas todos lhe diziam com mau humor:

- Que Jesus é esse? Ora, não amole! Que tolice! Estamos muito ocupados, vá embora.

Roberto dobrou a esquina, pensando:

- Se Jesus não tivesse vindo... Vou à igreja. Vai haver lá um bonito culto de Natal.

Andou, andou... Chegando à rua da igreja, parou espantado, pois no lugar do templo, só havia um terreno vazio. "Parece que errei o caminho. Mas eu tinha certeza de que nossa igreja ficava aqui", disse Roberto consigo mesmo. Lá, no meio terreno, havia um cartaz com dizeres. Aproximando-se mais, ele leu: "Se eu não tivesse vindo..." Então o menino se lembrou das palavras que sua mãe lera para ele. Eram as mesmas da placa. E, triste, pensou: ''Oh, já sei. Jesus não deve ter vindo... É por isso que não há Natal nem igrejas."

Roberto pôs-se a andar para lá e para cá, desanimado. Então lembrou-se da caixa cheia de brinquedos que sua classe da Escola Dominical tinha mandado para o orfanato.I ria até lá ver a distribuição dos presentes. Mas quando Roberto chegou ao local, observou que, em vez do nome do orfanato no portão, estavam aquelas palavras: "Se eu não tivesse vindo..." Roberto passou pelo portão, mas viu que, em vez do edíficio, só havia o terreno vazio. Desorientado, Roberto continuou a andar. Na estrada encontrou um velinho que parecia muito doente. Ele lhe disse:

- O senhor está doente, não está? Vou depressa ao hospital pedir que mandem uma ambulância para buscá-lo.

Mas quando ele chegou ao lugar do hospital, não havia lá nenhum dos enormes edíficios. Aqui e ali, ele viu placas e cartazes com as palavras: "Se eu não tivesse vindo..." Aflito, Roberto dobrou outra esquina e seguiu para o abrigo de velhinhos, pensando: "Lá, no abrigo, o velhinho pode ficar em segurança". Mas, em cima do portão, em vez do nome do abrigo, estavam as mesmas palavras: ''Se eu não tivesse vindo..." Dentro da casa havia homens de cara fechada, jogando e dizendo nomes feios.

Roberto voltou para casa apressadamente, a fim de pedir explicaçao ao pai e a mãe, sobre aqueles acontecimentos. Ao atravessar a sala de visitas, parou para procurar na Bíblia aquelas palavras que ele via agora em toda a parte: "Se eu não tivesse vindo..." Folheou a Bíblia e só encontrou o velho testamento. Depois do livro do profeta Malaquias, as páginas estavam em branco. Não havia o Novo testamento. Apenas, no pé de cada página, estavam as palavras: "Se eu não tivesse vindo..."

Roberto deu profundo suspiro e ficou pensando:

- Que mundo terrível este! Não há igrejas, nem orfanatos, nem hospitais, nem abrigos para velhinhos, nem amor no coração das pessoas. Que tristeza! Por toda parte só vejo cadeias, casas de jogo, carros de polícia, doenças e tanta coisa ruim! Tudo por isso porque Jesus não veio!

Mas, neste momento, um alto-falante começou a tocar as lindas músicas de natal. Roberto prestou atenção. Era mesmo o mas lindo hino de natal que o alto-falante, lá na torre da igreja, estava tocando: "Noite de Paz! Noite de Amor''. E ele ouviu a voz alegre de sua mãe dizendo:

- Bom dia, Roberto. Feliz Natal!

Roberto deu um pulo da cama, e muito feliz de verdade , compreendeu que tudo aquilo tinha sido sonho. Ajoelhou-se, com o coração batendo de tanta alegria, fez esta oração:

- Oh! Senhor Jesus, graças te dou porque vieste! Graças te dou pelo teu Natal!


Histórias para você
Coleção Gertrude G. Mason

Um amigo na segunda milha

Rúben era um menino Judeu que morava na Palestina, no tempo em que Jesus vivia lá, ensinando e ajudando o povo. Um dia, Rúben estava sentado perto da grande estrada que dava esquina com outras estradas. Dali, podia ver bem as pessoas que viajavam. Algumas passavam a pé, outras montadas em burros. Viu também uma grande caravana de camelos, conduzindo enormes cargas.

Rúben, sentado á beira da estrada, tudo observava e dizia consigo: "Um dia eu também vou viajar. Irei até o grande mar, mas não pretendo parar por lá; quero conhecer o mundo todo". Naquele momento ele notou uma pessoa andando sozinha, com um saco bem grande ás costas.
"É um soldado romano", pensou Rúben, "Conheço pela roupa odeio os romanos! Eles tiram a nossa liberdade. Somos obrigados a pagar impostos ao seu governo e a obedecer às suas leis, odeio todos romanos".

O soldado tinha chegado bem perto dele, parou, e deixou cair o saco no chão. Ficou descansando um pouco enquanto olhava as pessoas que passavam na estrada. Rúben continuou a olhar para o soldado, mas sempre com pensamento de ódio. Naquele momento, o soldado virou - se para apanhar o saco e viu Rúben sentado ali perto.

- Ei ! Venha cá, menino! - chamou ele.

Rúben se assustou e teve vontade de correr, mas ninguém ousava desobedecer a um soldado romano.

Bem devagar, aproximou-se dele. O soldado apontou- lhe o saco.

- Você vai carregá-lo para mim.

Rúben sabia que não havia outro jeito, conhecia a lei romana. Um soldado romano podia obrigar qualquer homem ou menino judeu a carregar sua bagagem por uma milha na direção em que viajava. "Mas irei só uma milha", pensou Rúben bastante zangado, enquanto apanhava o saco. O saco era pesado, mas ele era forte. Rúben tinha vontade de jogar o saco longe... Como odiava aquele soldado. Mas nada podia fazer a não ser andar atrás dele, com seus maus pensamentos.
"Mas é somente por uma milha. Ele não pode obrigar-me a dar um só passo além da milha, como a lei diz. Somente uma milha... uma milha", dizia o menino enquanto andava.

De repente, lembrou-se de outro dia quando ele, com alguns de seus amigos, andavam pela mesma estrada procurando um mestre chamado Jesus, que estava ensinando ao povo. Eles o encontraram numa colina , rodeado de uma multidão, e pararam para escutá-lo.
Mas porque estou pensando em Jesus agora? Oh, já sei. Ele tinha falado alguma coisa sobre milhas... O que foi que Ele disse sobre uma milha? Rúben continuava andando e a pensar: " Eu me lembro agora o que Jesus disse: Se alguém mandar você ir uma milha, vá com ele duas milhas. Sim, foi isso que Jesus disse. Rúben não tinha prestado muita atenção aos ensinamentos de Jesus naquele dia, mas agora se lembrava de outras coisas que Ele ensinou. "Amai os vossos inimigos... fazei bem aos que vos odeiam... se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas". Rúben estava pensando tanto que nem notou que o soldado tinha parado.

- Você já andou uma milha. Dê-me o saco. - disse o soldado.

- Não, vou mais adiante. Nem parece que andei tanto. O saco nem parece que está pesado. Respondeu Rúben, sem mesmo compreender porque falava assim.

O soldado olhou para Rúben, e pela primeira vez Rúben viu o rosto dele. Era bastante jovem e parecia muito cansado.

- O senhor já viajou muito? - perguntou o menino.

- Muitas e muitas milhas. - foi a resposta.

- E ainda tem que viajar muito?

- Vou a Roma. - respondeu o soldado.

-Tão longe! - disse Rúben - Então deixe-me levar o saco mais outra milha.

- Muito obrigado ! Você é muito bondoso. - respondeu o soldado.

Os dois continuaram a caminhar, agora juntos, conversando. Rúben tinha a imprensão de que conhecia o soldado há muito tempo, e falava com ele sobre sua familia e sua casa e o soldado contava histórias de viajens. O tempo passou muito depressa. Finalmente o soldado perguntou:

- Diga-me uma coisa. Por que você se ofereceu para levar o meu saco mais outra milha?

Rúben hesitou.

-Eu nem sei bem. Deve ter sido por causa de alguma coisa que Jesus falou sobre milha.

Então contou ao soldado o que tinha acontecido.

- Coisa estranha, disse o soldado pensativo. "Amai os vossos inimigos"! Este é um ensinamento duro. Eu gostaria de conhecer este Jesus.

Tinham chegado ao alto da colina e Rúben olhou para trás, para o caminho por onde voltaria a casa.

-Devo voltar agora. - disse.

O soldado tomou o saco, colocou-o nas costas, e apertou a mão do menino, e dizendo:

- Adeus, amigo.

- Adeus... amigo. - respondeu Rúben com um sorriso.

Enquanto andava de volta para casa, as palavras de Jesus continuavam na mente de Rúben: "Se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas".

"E isso dá resultado"! Pensou Rúben. "Andei uma milha acompanhando um inimigo... Andei a segunda milha e encotrei um amigo".

Histórias para você
Coleçao Gertrude S. Mason

domingo, 23 de março de 2008

Luz que brilha

O dia estava muito frio e úmido. O sol estava atrás de nuvens escuras e o vente forte levava a chuva fria e fininha constantemente conta a janela. Rute estava com seu narizinho achatado conta a janela olhando para a chuva que caía lá fora. "Que dia mais chato", pensava ela. Ninguém podia brincar com ela, estava ali tão sozinha... Papai estava trabalhando no escritório, mamãe estava com dor de cabeça, e o nenê, sua pequena irmãzinha, já estava chorando há um bom tempo.

Rute estava pensando se pelo menos a vovó estivesse ali, então tudo seria melhor. Então lembrou do que vovó tinha lhe dito uma vez: "Se a gente ler de manhã, bem cedo, um trecho da Bíblia e depois tentar viver o dia todo de acordo com aquilo que a gente leu, nunca se tem tempo para se sentir sozinha ou triste, e além do mais não se tem o problema de não ter o que fazer." Pensando nisso, Rute foi buscar o seu Novo Testamento. Tinha tempo de sobra para estudar o seu versículo para a escola dominical. Depois de algum tempo ela encontrou o evangelho de Mateus e leu ali no capítulo 5: "Vós sóis a luz do mundo; não se pode esconder a cidade edificada sobre o monte, nem se acende uma lâmpada para colocá-la na bacia, mas no velador, para alumiar a todos os que estão na casa. Assim, brilhe também a vossa luz diante dos homens...".

Rute ficou pensando... O dia está tão triste e cinzento. Será que não deveria trazer um pouco de luz a todos os que se encontram em casa? O nenê continuava chorando. Rute foi até o quartinho dele, levantou cuidadosamente a irmãzinha do seu berço, tomou-a nos braços e a carregou por um tempo para que ela pudesse arrotar. Quando depois ela a pôs de volta no bercinho, logo começou a dormir sossegadinha. Logo depois, Rute foi até o quarto da mamãe. Ela estava deitada com muita dor de cabeça. Quando Rute entrou, mamãe disse: "Filhinha, foi tão bom que você acalmou o nenê. Eu não consigo nem levantar a minha cabeça, não estou me sentindo nada bem.
Rute ficou muito contente com o elogio. Correu então até o banheiro e voltou com um pano úmido. Colocou-o sobre a testa da mamãe. Depois puxou as cortinhas para que ficasse escuro no quarto e saiu em silêncio. Mamãe sorriu para ela: "Minha filha querida! Obrigado!" Aí, Rute se lembrou do quartinho de brinquedos que estava completamente desarrumado com brinquedos por todos os cantos. Foi para lá e logo, logo, cada coisa estava em seu lugar. Tudo arrumadinho! Depois ela foi para a cozinha. A esta altura já era quase 5 horas e a qualquer momento papai deveria chegar do trabalho. "Ele deve ficar contente de ver que eu pus a mesa para o jantar também". pensou Rutinha. Mal estava pronta, chegou papai. Quando ele viu tudo arrumadinho e percebeu que Rute tinha feito tudo sozinha, disse: "Meu pequeno raio de sol. Você trabalhou mesmo, hem? Muito bem! Assim que se faz".

E então, quando a mamãe se sentiu um pouco melhor, e pode levantar, o nenê estava descansado e contente. O papai pegou o nenê no colo e ficou ali brincando com ele. Todos estavam contentes e tudo estava tão diferente do que há algumas horas atrás. Mesmo que o céu continuasse cinzento e a chuva e o vento continuavam, no lar de Rute brilhava o sol do amor, da paz e da vontade de uma menina que fez que o Senhor Jesus disse: "Vós sois a luz do mundo... Assim brilhe a vossa luz, para que vendo as vossas obras, glorifiquem a vosso Pai que está no céu."

Extraído da Revista Evangélica "Der beste Freund"

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A primeira Páscoa

Há muito tempo atrás, numa terra bem distante do Brasil, num lugar chamado Egito, morava uma garotinha chamada Aninha.

Ela morava em uma casa pequenina, juntamente com os pais e seus irmãos.

Todos os dias, na casa de Aninha, tinha que se trabalhar muito. Eles eram escravos...

Você sabe o que é ser escravo? É trabalhar, trabalhar, trabalhar e não ter um salário.
Ai... Ai... Ai... Ai... Aiii - Se eles não trabalhassem eram duramente repreendidos pelos egípcios e muitas vezes levavam castigos e até mesmo chicotadas.

A família inteira de Aninha eram escravos, por isso, logo cedo, a família tinha que levantar cedinho, colher palhas no campo, fazer tijolos. E era uma correria. Não dava nem tempo de descansar. Os capatazes viviam a castigar quem não produzisse muitos tijolos. Aninha não queria que seu pai e sua mãe fossem castigados, por isso, ajudava-os em tudo o que eles pedissem, principalmente colhendo palhas no campo, que era sua especialidade.

Mas... naquele dia, Aninha, ao acordar cedinho, ouviu um béeeee... Era um cordeirinho bem branquinho. A mamãe falou que tinha separado ele para mais tarde, assá-lo. Aninha ajudou a mãe no serviço de casa, e foi ao campo pegar palhas e aproveitou para separar ervas amargas que a mãe tinha pedido. Ela ainda não tinha entendido ainda sobre a festa que ia ter... como era o nome mesmo? Tinha esquecido. Foi ao campo e achou as ervas que a mãe tinha pedido para buscar e voltou para casa rapidamente. E trabalhou o dia inteiro, sem saber que naquela noite, algo iria acontecer.

A mãe havia preparado pães sem fermento naquele dia... Por que será? Mas... mesmo assim eram bem gostosos. O dia foi passando e a tardezinha, o cordeirinho foi morto... Pegaram um pouco do seu sangue do cordeirinho e com uma esponja, passaram no batente da porta.

Aninha já tava muito curiosa com tudo aquilo e perguntou:

- Pai... por que o senhor ta passando sangue no batente da porta?

- É que nessa noite passará um destruidor nesse país.O papai respondeu.

- E o que é destruidor? perguntou Aninha.

- É o anjo da morte que passará em todas as casas e matará todos os primeiros filhos dos Egípcios. Na casa onde houver o sangue na porta, não acontecerá nada. O papai respondeu.

- Então seremos poupados desse destruidor, papai? - perguntou Aninha.

- Sim, minha filha. Porque Deus nos orientou que se fizéssemos isso, nada aconteceria a nós.O papai respondeu.

Aninha suspirou aliviada. Bem de noitinha, comeu um pedaço do cordeirinho assado, com pão que a mãe fez e um pouquinho das ervas amargas. Quando ouviu o pai dizer:

- Essa foi a nossa primeira festa de páscoa. E hoje Deus vai nos libertar da escravidão.

Aninha ficou pensando... pensando... queria tanto ser uma menina como as meninas egípcias que eram livres, que brincavam, que podiam ir a escola. Ela tinha que trabalhar sempre. Será que seria livre mesmo?

E assim Aninha foi dormir, mas teve que acordar no meio da noite, porque eles tinham que sair do Egito.

Agora eles não eram mais escravos, mas livres.

Deus tinha os libertado da escravidão e agora eles iam morar em uma outra terra diferente. Eles iam para Canaã - a terra prometida. E Deus iria guiá-los para essa nova terra.

Muitos anos, mas muiiiiitos anos mesmo, se passaram e Aninha já nem existia mais, mas a terra de Canaã ainda existia e se chamava Judéia, aconteceu algo muito interessante.
Sabe... o pessoal de lá estava comemorando uma festa. Sabe que festa era? A mesma que Aninha tinha comemorado naquela noite em que foi liberta.

Quem lembra o nome? Era a festa da páscoa.

Sabe quem estava comemorando esta festa? JESUS.

E sabe o que tinha na festa de páscoa de Jesus? O vinho e o pão.

E o cordeiro???? Onde estava?

Vou tentar relatar o que Jesus disse durante a festa para você entender melhor

- Como desejei comer essa páscoa com vocês, antes que eu morra...

Ele pegou o pão, agradeceu a Deus e disse para seus discípulos que aquele pão era o corpo dele. Ele pegou o vinho e disse que aquele vinho era o sangue que Ele derramou por nós.

Sabe... fiquei pensando... onde está o cordeirinho da páscoa? Descobri que Jesus era o cordeiro de Deus que tirou o pecado do mundo.

Como o cordeirinho de Aninha, que morreu, derramou seu sangue para evitar que o destruidor destruísse a vida da Aninha, assim foi Jesus. Ele morreu, derramou seu sangue e evitou que a gente fosse destruído pelo anjo da morte.

A partir daí, não precisou mais de morrer cordeirinhos, porque Jesus é o Cordeiro perfeito. E o mais legal disso tudo é que Jesus morreu, derramou o seu sangue por nós e não ficou morto. ELE RESSUSCITOU.

E essa é história da verdadeira páscoa. O pessach em hebraico significa passagem.

Passagem da escravidão para a libertação.

E com Jesus não é diferente.

Passagem da escravidão (vida sem paz, sem alvos, sem expectativa e sem Jesus) para a libertação (vida com objetivos, com paz , completa em Jesus).

Passagem da morte para a vida - porque Cristo nos dá a vida. Só Ele pode dar isso, porque Ele ressuscitou!!!

FELIZ PÁSCOA PRA VOCÊS!!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A bondade

Lá no Congo, havia um cacique muito mau, tão mau que vocês nem podem imaginar. Ele era dono de um menino. Garoto sem pai nem mãe. Fraquinho e sendo obrigado a trabalhar sem parar. Era magrinho. Também não comia. O cacique quase não dava comida pra ele. E gritava:


- Trabalhe mais depressa, vamos! - E tirava um chicote e batia no pobrezinho.


Não podendo quase andar, o cacique raivosou mandou que fizesse uma coisa tão terrível, mas tão terrível para o menino, que vou até falar baixinho: mandou tirar a pele do menino! Vocês sabem quanto dói um machucado, não é? Pois o menino ficou sem pele! Foi jogado no mato para morrer. O coitadinho chorou, soluçou e, quando batia o vento, ardia todo o corpinho. Ele ficou horas ali, soluçando.


Mas aconteceu que um missionário ouviu o soluço e foi atrás. Achou o menino e ficou com muita pena. Abaixou-se e não sabia o que fazer.


- Menino, como se chama?

O pobrezinho abriu os olhos, apavorado, mas encontrou outros olhos meigos e uma voz suave que lhe disse:


- Eu vou cuidar de você, não tenha medo!


O missionário Bently, com muito cuidado, pegou o menino nos braços e o levou para sua casa. Nem sabia como fazer para cuidar dele. Mas com a ajuda de Deus conseguiu alguma melhora. O garoto quando pôde perceber as coisas e levantar-se um pouco, ficou maravilhado. Estava numa cama limpinha, o travesseiro era macio e mais, traziam para ele, ele que era escravo, mingau na cama, e quantas vezes o missionário mesmo lhe dava na boquinha. Por um milagre o menino conseguiu ficar melhor, mas não podia entender tanta bondade. Então o missionário lhe disse:


- Jesus é seu melhor amigo. Jesus cuida de você e Ele um dia pode levá-lo ao céu. No céu só há alegria. Não há dor, nem injustiça, nem fome.


Cada palavra que o missionário falava era engolida pelo menino.


- Jesus morreu numa cruz, pregado no meio de ladrões, só por amor a você.


O garoto chorou.


- Eu quero conhecê-Lo!


- Você não pode vê-Lo, mas Ele está aqui, em toda parte. Quem se entrega para Ele, Ele toma conta, limpa com o sangue que Ele derramou na cruz, todos os pecados.



Interessante! Não foi preciso mais nada e o menino desceu da cama e ajoelhou-se... E com o rostinho brilhando e lágrimas de alegria nos olhos, falou:


- Jesus, eu também te amo.


O menino começou, com bons tratos, a ficar fortinho.


Um dia, quando o missionário havia saído, o cacique, sabendo que o garoto estava bom, logo o pegou e o obrigou a trabalhar muito, muito mesmo. E ainda lhe deu uma surrra. Toda a tribo ficou revoltada. Saíram à procura do missionário. Quando ele chegou, entrou no quintal do cacique, rodeado de muitos nativos e viu o menino quase morto outra vez... Tomou-o nos braços. E o garoto, com voz muito fraca, falou:


- Missionário!


Todos, em silêncio, chegaram bem perto.


- O senhor me ensinou o caminho para o céu. Obrigado. Estou indo para lá! - e sorriu - Ninguém mais vai poder me maltratar. Vou com Jesus, Ele é meu amigo...


E morreu. Houve muito silêncio. Todos olhavam para o missionário. Ele pegou 40 metros de pano e começou a embrulhar o corpinho do menino. Quanto mais importante era a pessoa naquela tribo, com maior quantidade de tecido ela era enrolada. Nunca ninguém foi enrolado com 40 metros de tecido. Todos ficaram admirados. Era uma quinta-feira.


No domingo, o missionário estava na sua igrejinha com um grupo de crentes, quando entraram muitas pessoas e, na frente, o cacique. Sentou-se e ouviu tudo. O missionário perguntou:


- Há alguém aqui que quer mudar de vida e ser de Jesus?

Imediatamente o cacique se levantou e foi lá na frente, e disse:

- Eu quero. Não entendo muito bem o que o senhor fala, mas entendi o que o senhor fez. Se esse Jesus é como o senhor, eu quero ser dEle. Ele faz a gente fazer coisas boas.


E o cacique ficou ajoelhado muito tempo. E toda a tribo se ajoelhou. Assim o cacique e sua tribo aceitaram Jesus como Salvador. Que as pessoas possam ver Jesus em nós.

Fonte: Tia Ester

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Pedrinho, um missionário

Pedrinho era um menino muito especial, pois todas as vezes que seu pai viajava quase sempre ele ia junto. O pai de Pedrinho falava:

-Pedrinho! Arrume as suas malas que vamos fazer outra viagem.

-Oba! Que legal! - diz Pedrinho com um sorriso bem aberto - Papai, pra onde nós vamos?

- Nós vamos fazer uma visita ao missionário que trabalha na Tailândia.

Chegando à Tailândia, o missionário os está esperando no aeroporto.

- Papai, olha o tanto de carros. Eu nunca vi tantos carros juntos assim!

- É verdade Pedrinho! Aqui é assim mesmo, quase não dá para andar de tanto carros.

Pedrinho estava super contente com a viagem, porém estava confuso em ver tantos carros e casas juntinhas e pequeninas. Pedrinho, seu pai e o missionário entraram numa casa onde a missionária fazia evangelismo.

- Papai, por que tantas crianças assim juntas?

- Elas estão aqui porque não têm casas.

- E seus pais?

- Filho, depois você me faz estas perguntas.

Até o pai de Pedrinho já estava confuso em ver tantas crianças juntas. De longe Pedrinho vê uma criança que estava muito doente. Ele chega perto dela e pode ver a tristeza daquela criança, sozinha, doente e sem os seus pais. Pedrinho olha para os lados e percebe que o lugar estava sujo, não tinha pessoas suficientes para ajudar aquelas crianças e a única coisa que podia fazer era dar seu lanche para ela.

- Você quer meu lanche? A criança não entendia a lingua de Pedrinho. -Toma! (Pedrinho tira o lanche e dá para crinça doente).

O pai chega e diz:

-Vamos, meu filho, está na hora de voltar.

Pedrinho sai e nem fica sabendo o nome da criança.No caminho de volta o menino não dá nenhuma palavra.Todos estavam tristes em ver aquelas crianças sozinhas e doentes naquele lugar.

- Papai por que todas aquelas crianças estão sozinhas?

- Os pais de algumas morreram, outras foram abandonadas e algumas estão em tratamento.

Pedrinho não podia pensar em outra coisa a não ser nas crianças daquele lugar.

- Papai, o que podemos fazer por aquelas crianças?

-Não podemos fazer nada!

Pedrinho ficou indignado com seu pai e com a situação.

- Filho,vai dormir que amanhã vamos viajar...
- Boa noite, papai.

Pedrinho ora: Senhor Deus, eu lhe peço que ajude aquelas crianças enfermas. Que o Senhor as cure de toda doença e que a sua paz esteja com elas. Em nome de Jesus. Amém!

No dia seguinte Pedrinho tem uma idéia e comunica no café da manhã.

- Papai sabe o que podemos fazer? Vamos falar das crianças em nossa igreja e descobrir quem quer vir a Tailândia ajudar a cuidar delas.Vamos falar de tudo que vimos aqui e pedir a Deus mais pessoas para vir trabalhar. E quando eu crescer, pai, vou ser um missionário aqui.

- Muito bem, meu filho, vejo que você aproveitou bem a sua viagem. Agora vamos que já estamos atrasados, temos que voltar ao Brasil.

- Outra coisa papai: Eu quero dar minha mesada para os missionários que estão trabalhando aqui todos os meses quero contribuir.

-Muito bem meu filho, a junta de Misões tem um programa de adoção missionária. Você pode adotar um missionário e ser um missionário sustentador e, desse jeito, contribuir para a obra missionária.

-Legal, pai, assim eu vou poder contribuir, orar e, quando crescer, ser um missionário.

- Isto mesmo, meu filho, estou orgulhoso de sua decisão.

Depois daquela viagem Pedrinho sempre contribuia, orava e lembrava daquelas crianças. Ele sempre pensava nelas porque nunca tinha visto algo igual. Era tanto sofrimento, tantas crianças sem pais, sozinhas e doentes. Pedrinho aprendeu que Jesus quer ajudar os que não têm paz e que ele também pode orar e fazer algo por aqueles que sofrem.

Extraído da Revista Crianças e Missões

domingo, 10 de fevereiro de 2008

A formiguinha e a neve

Para ouvir esta história, feche os olhos e imagine uma cidade bem bonita. Uma cidade onde bicho fala e homem entende. Nessa cidade, havia uma formiguinha que trabalhava sem parar. Ficava o dia inteiro procurando alimento para que quando o inverno chegasse ele não lhe faltasse. Nos dias difíceis de trabalho, a formiguinha se alegrava com o canto da cigarra. "- Como é bom ouvir dona Cigarra cantando!" Um dia, sabendo que o inverno estava quase chegando, ela correu para buscar uma última folhinha que havia deixado perto de uma árvore. No caminho, de repente, caiu um floco de neve bem em cima do seu pezinho. E a pobrezinha ficou presa! Desesperada, sem saber como soltar o seu pezinho, ficou com medo de morrer de fome ou de frio e começou a gritar: "- Socorro! Quem vai me libertar deste floquinho de neve?".

Foi quando viu o Sol no alto do céu e pediu: "- Ó! Sol, você que é tão forte, por favor, derreta a neve e desprenda o meu pezinho..." O Sol respondeu: "- Pobre Formiguinha! Eu não sou tão forte. Mais forte do que eu é o muro, que impede os meus raios luminosos e quentes de passar!". A formiguinha virou-se para o Muro e disse: "- Ó! Muro, já que o senhor é tão forte, que tapa o Sol, que derrete a neve, por favor, desprenda o meu pezinho!". O Muro virou-se para a Formiguinha e disse: "- Pobre Formiguinha, nada posso fazer! Mais forte do que eu é o Rato que me rói!. Desanimada, a Formiguinha viu um rato, apressado, passando bem perto do muro e implorou: "- Ó Rato, me ajude! O senhor que é tão forte, que rói o Muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pezinho!". O Rato, seguindo o seu caminho apressadamente, fugindo do frio, respondeu: "- Pobre Formiguinha, mais forte do que eu é o Gato, que me come!".

Já com poucas forças, a Formiguinha avistou o Gato: "- Por favor, senhor Gato, me socorra. O senhor que é tão forte, que come o Rato, que rói o Muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pezinho!". O Gato, caindo de sono, respondeu: "- O Cão é mais forte do que eu. Ele vive me perseguindo". Desanimada, sem saber como sair dali, viu que um cão passava por perto: "- Por favor, senhor Cão, você que é tão forte, que corre atrás do Gato, que come o Rato, que rói o Muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pezinho!". O Cão, sem dar muita atenção à Formiguinha, respondeu: "- Mais forte do que eu é o Homem, que me bate". Já perdendo a coragem de viver, sentindo o frio aumentar, viu um homem vindo ao longe. Quando ele chegou perto, ela implorou: "- Por favor, Homem, você que é tão forte, que bate no Cão, que persegue o Gato, que come o Rato, que rói o Muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pezinho!". O Homem, sentado em uma pedra, preocupado só com a sua vida, respondeu: "- Mais forte do que eu é a Morte, que me mata!".

Já bem fraquinha e com muito medo, viu dona Morte se aproximar e implorou: "- Dona Morte, a senhora que é tão forte, que mata o Homem, que bate no Cão, que persegue o Gato, que come o Rato, que rói o Muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pezinho!". E dona Morte, sem nenhum sentimento, respondeu: "- Mais forte do que eu é Deus, que me governa!". Percebendo que ia morrer, a Formiguinha abaixou a cabecinha e começou a orar baixinho: " - Meu Deus, o Senhor que é tão forte, que governa a Morte, que mata o Homem, que bate no Cão, que persegue o Gato, que come o Rato, que rói o Muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprenda o meu pezinho!". Deus, que tudo ouve e a todos socorre, mandou que a primavera chegasse, enchendo os campos de flores e o céu de luz e brilho. Vendo a Formiguinha quase morta de tanto frio, colocou-a entre as suas mãos e lhe fez um carinho. Depois, levou para o seu reino onde não havia inverno, onde o sol brilhava todos os dias, enchendo os campos de flores, de alegria e de paz. E esta história entrou no ouvido e saiu no meu coração...

Adaptação da história feita pelas autoras da coleção de livros “Baú do Professor – Histórias e Oficinas Pedagógicas"

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A paz está em Jesus... Os amigos precisam conhecê-Lo

Certo dia quatro homens foram procurar Jesus. Eles carregavam um amigo que não podia andar. Aqueles homens sabiam que Jesus podia curar o seu amigo e lhe dar nova vida. Quando eles chegaramà casa onde Jesus estava tiveram um problema, o lugar estava tão cheio de gente que eles não puderam entrar. Eles queriam muito que seu amigo conhecesse Jesus, então pensaram muito e tiveram uma idéia.

Levaram o amigo até o telhado. Desceram o homem pelo buraco, bem na frente de Jesus. Quando Ele viu o homem doente descendo pelo telhado alegrou-se com a atitude dos seus amigos e disse: "-Levanta-te. Pegue a sua cama e vá andando para sua casa". O homem se levantou e andou, Jesus perdoou os pecados daquele homem. Todos que estavam na casa ficaram espantados. Eles louvaram a Deus pelo que viram.

Aquele homem doente não poderia ir se encontrar com Jesus, mas os seus amigos o levaram para conhecer Jesus. Então ele foi curado e teve os seus pecados perdoados. Muitos de nossos amigos precisam conhecer Jesus. Nós podemos lhe contar as histórias da Biblia e lhes falar da paz que Jesus pode lhes dar.
Extraído da Revista Missões Estaduais

A paz está em Jesus... Todas as famílias devem saber

Quando falamos em missões, sempre nos lembramos de pessoas distantes, povos de outro lugar, missionários trabalhando, enfrentando obstáculos e dificuldades, ou de alguém que gostariamos que conhecesse Jesus. Não é mesmo? Mas hoje quero que você pense em sua familia. Isso mesmo, em seus queridos. Em que você tem contribuido para que sua familia saiba que a paz está em Jesus? Você tem um papel muito importante na sua familia. Falar da paz de Jesus é dever de todos.

Certa vez Jesus entrou na cidade de Jericó e uma grande multidão o seguia. Havia um homem de nome Zaqueu, rico, um maioral dos publicanos, era injusto com todos e levava o povo a sofrer. Ele queria ver Jesus. Era um homem baixinho e não conseguia ver nada no meio de tanta gente, então resolveu subir em uma árvore esperar que Jesus passasse por ali. As pessoas se espremiam, apertavam, empurravam, era muito difícil se aproximar Dele, pois sabiam que era um homem milagroso e poderoso.

Jesus andava e observava tudo e todos. Ao passar por uma árvore, olhou para cima, viu Zaqueu, e disse o nome dele: "- Zaqueu, desce que hoje vou me hospedar em sua casa". Meio assustado, Zaqueu desceu rapidamente e atendeu a palavra de Jesus. Zaqueu pensava: "Como ele sabe meu nome?" O povo murmurava: "Como Jesus pode se hospedar na casa de um pecador, injusto, ladrão e avarento?" Diante disso, Zaqueu se arrependeu e disse a Jesus: "- Senhor, darei aos pobres a metade de meus bens, e se roubei alguém, devolverei 4 vezes mais". Então Jesus disse: "- Hoje a salvação chegou a esta casa".

Conclusão: Certamente, Zaqueu e sua família eram infelizes, sendo ricos com a aflição dos outros. Não tinham paz. Jesus levou paz àquela casa, paz que transforma vidas. Faça como Jesus, o maior missionário. Fale de seu amor para todos os seus queridos e deixe Jesus usá-lo em sua obra.

Extraído da Revista Missões Estaduais

A paz está em Jesus... Os vizinhos precisam saber

Em um lugar bem distante daqui, havia um menino chamado Carlinhos que surpreendeu a muitos com sua atitude. Carlinhos, desde pequeno, sempre ia à igreja com seus pais, participava dos cultos, acampamentos, classes, EBF, assim como vocês. Certo dia, aconteceu algo muito triste na vida dele: ao voltarem de um passeio de carro com a família, houve um grave acidente, e seus pais morreram. Carlinhos ficou muito machucado. Depois que saiu do hospital, sem parente próximo, foi morar na casa de uma tia distante. Essa tia não gostava muito da idéia de cuidar de um menino aleijado. Ela arranjou um quartinho para ele no alto da torre de sua velha casa.

Trocava o menino, dava comida, deixava perto da cama dele água e algo para comer, dizendo que queria sossego. Saía e não aparecia mais. Todo o dia acontecia a mesma coisa. Carlinhos sofria pela situação, pelo abandono e a saudade de seus pais que tanto o amavam. Ele não se esquecia de nada que seus pais o ensinaram. Um dia, um colega foi visitá-lo, ele ficou muito feliz e pediu para seu colega uma Bíblia. O colega perguntou: "- Mas uma Bíblia?" Carlinhos respondeu: "- Sim, e bastante papel e lápis. Sabe, sou muito sozinho e não tenho nada para fazer". O colega trouxe tudo para ele. Carlinhos passou a ler a Bíblia como nunca, era sua companhia todo o tempo. Ele ainda se lembrava de muita coisa que fazia e ouvia na igreja. Escrevia muito do que lia.

Até que um dia, ele lendo: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho...” Ficou muito triste ao ver sua realidade. “Como irei?” Até que teve uma idéia... “Vou escrever versículos, fazer aviões e jogar pela janela. Alguém vai ler e eu estarei levando a Palavra de Jesus”. E assim ele fez. Fazia tantos quanto agüentava e ainda achava pouco. Carlinhos passou a ser um menino mais feliz, pois estava fazendo algo por Jesus. Muitos foram conhecer aquele menino e se admiravam com tanta disposição e prazer de servir a Jesus.

Extraído da revista Missões Estaduais

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O melhor sou eu

As plantas viviam sem entender, era uma confusão quando se encontravam porque cada uma queria ser melhor que a outra. Às vezes algumas ficavam tristes porque não queriam ofender a companheira, eram educadas, mas enquanto isso, havia algumas que não se importavam muito de falar e o colega ficar triste. Existem pessoas assim também vocês já viram? Como é ruim quando as pessoas ficam tristes por nossa causa. Devemos evitar fazer isso. E naquele lugar tinha muita fruta mas...

Um dia uma linda árvore de longos galhos, cheia de flores coloridas, sua sombra abrigava os animais em seus galhos pousavam lindos pássaros e na época certa ela produzia frutas que os pássaros comiam. Assim, a sua utilidade era enorme, e ela se sentia feliz por isso. Um dia algumas daquelas frutas estavam conversando debaixo da grande Árvore, cada uma querendo mostrar melhor seu trabalho, quando a grande e frondosa Árvore disse: “Aqui quem tem que dizer que é melhor sou eu! Eu que faço sombra, oxigênio, tenho longos galhos, sou eu que faço com que nas casas de ricos e pobres tenham portas, moveis, e tudo que é feito da madeira. Acho que sem mim tudo fica mais difícil.”

A Maçã, linda , elegante e vermelha, que já aguardava sua vez, se colocou de pé e disse: "Nada disso a melhor aqui sou eu, ou vocês acham que eu seria boba de ficar calada? Pois sou eu que ajudo cuidar dos dentinhos das crianças sou a fruta que faz com as pessoas fiquem bonitas, e vivam muitos anos com a pele bem limpinha. Eu sou a melhor não tem conversa!"... A Flor, que também não agüentava mais esperar para falar, ficou em pé e disse: "Pois eu não posso me calar, vocês já perceberam que eu estou em todos os lugares? Nos palácios, nos casebres, nas escolas, nas Igrejas, nos parques onde as crianças gostam de brincar, em todos os jardins, e até nos cemitérios. Não interessa o nome, seja qual for, a Flor é a mais linda de toda vegetação. Sem contar que algumas servem para remédio, isso que é coisa boa!" Mas, quando ninguém esperava, o Moranguinho, por ele ser muito tímido, quase não falava, só ficava na dele. É ai que ele também se colocou em pé e disse: "Mas quem são vocês para dizerem que são os melhoreeees! Pois fiquem sabendo que o melhor aqui sou eu. Olha, eu estou nas festinhas de aniversário, nas feiras livres, nos grandes supermercados, nas casas das pessoas bondosas, e eles me pegam com tanto carinho que me colocam dentro de uma caixinha pra eu não sair rolando que nem uma bola. Ah! E tem outra coisa legal: estou nas pinturas dos lindos panos de cozinha trazendo um agradável ambiente. Que tal, não sou lindo e gostoso?".

Enquanto isso a Laranja e o Limão esperavam ansiosos e disseram: "E nós que somos as frutas que temos vitamina C quando as crianças, e os idosos tomam o nosso suco eles ficam mais tempo sem griparem, ficam mais sadios, o cabelo fica melhor e eles não ficam doentes isso não é tão bom? Sem contar que quanto mais gordinhos nós estivermos, mais lindos estamos. E a nossa cor, como somos lindos, por favor aqui ninguém nunca será melhor que nós!" Naquele exato momento foi entrando aquele que se diz ser o Rei das frutas sabe quem é? O Abacaxi. Isso mesmo, O Abacaxi! Ele diz que é o Rei porque já nasce com uma coroa na cabeça. O Abacaxi foi logo dizendo: "O melhor e mais bonito aqui sou eeeeeu! Olhem todos para mim, vejam que eu sou o Rei olhem para minha coroa? E tem mais, sou gostoso, por onde eu passo deixo o meu cheiro, delicioso, sou usado nas confeitarias para fazer gostosas tortas e bolos, nem adianta, o melhor sou eu mesmo. Sem contar que quem toma suco de Abacaxi faz muito xixi, isso significa que eu também sou remédio, e as pessoas que gostam de mim não ficarão doentes, já pararam pra pensar em tudo isso?" Mas, de um lado estava a Uva tão singela, que nem parecia que ia dizer nada. Quando de repente ela disse: "Bem, eu não queria dizer nada, mas, também tenho que falar. Sendo eu a menor no meio de vocês acho que perdi as esperanças de ser a melhor, também não quero ser a melhor. Mas sei que de mim é feito o vinho para ser usado nas Igrejas no dia da Santa Ceia. As pessoas tomam o vinho do suco de Uva, lembrando da morte e do Sangue de Jesus que limpa o coração das pessoas de todo pecado. Naquele dia eles fazem uma festa na Igreja, cantam e louvam ao Deus Criador. Só eu fui escolhida para esta finalidade. Não gosto de me exibir e dizer que sou mais bonita, ou mais gostosa, mas uma coisa eu sei que tenho um grande valor para Deus. Ele me quer assim e assim serei para sempre".

A Árvore que ouvia tudo atentamente falou outra vez: "Ei, ei... quero dizer que melhor do que nós está o homem que cuida da terra ele mexe a terra para ela ficar fofinha tira os galhos secos das árvores pra ficar com mais vida, rega os canteiros das flores das verduras e das frutas. Mais ainda maior que o homem, é Deus o Criador que em seis dias fez o nosso planeta, e colocou o grande Sol para iluminá-lo durante o dia, a Lua e as Estrelas para iluminar as noites escuras". "Que lindo!!!" Exclamou a Flor. "Agora entendi porque sou bonita e todos gostam de mim. Porque Deus me fez. Ah! Como gostaria de saber mais sobre a Criação de Deus". Naquela hora todos passaram a entender que cada um, Deus criou com uma finalidade, e que ninguém é melhor que o outro.

Assim vamos cuidar do nosso planeta evitando jogar lixo nos rios, nos lagos, nas ruas. Cuidar bem das plantas para salvar o nosso planeta. E Deus vai abençoar você em cuidar do que Ele fez.

(Cante no final da historia alguma música relacionada à Criação do mundo. Ensine o Versículo: No principio criou Deus os Céus e a terra. Gênesis 1. 1)

Texto elaborado por: Neuza Luciano Vieira

domingo, 3 de fevereiro de 2008

A pequena missionária

Paula era uma menina de quem todos gostavam. Transmitia felicidade em todas as horas. Era assim porque tinha Jesus no seu coração. Desde pequena ia a EBD aprender a palavra de Deus. Por ser muito estudiosa e tirar boas notas, ela conseguiu uma bolsa no melhor colégio. Só que na escola existia um grupo de meninas que humilhava Paula, por ela ser pobre. Elas riam de Paula por qualquer motivo e ficavam sempre contando vantagens como: viagens que faziam à Disney, os presentes que ganhavam e outras coisas mais. Mas Paula nem ligava, ficava tranqüila, ela aprendeu na palavra de Deus que quem tem Jesus tem tudo! Por isso mesmo, ela continuava feliz!

O aniversário dela estava chegando e a mãe dela disse pra ela convidar as amigas do colégio poque ia fazer uma festinha pra ela e seria na EBD. Paula gostou da idéia e pensou que seria uma oportunidade pra falar de Jesus ás coleguinhas, pois as tias iam contar histórias com fantoches. Ao chegar no colégio ela convidou as coleguinhas, muitas se animaram pois seria uma coisa diferente. Mas entre elas havia uma menina chamada Cláudia. Era uma menina insuportável, com o nariz sempre empinado pensando que era a tal! Cláudia começou a rir. "- Aniversário na igreja? Que coisa mais cafona!".

Neste dia aconteceu algo... Na hora do recreio o portão sempre ficava fechado, ninguém podia sair. Mas naquele dia, que surpresa! O portão estava aberto, alguém esqueceu de fechar. As meninas, ao ver o portão aberto, saíram correndo. Menos Paula. Ela lembrou dos ensinamentos de seus pais sobre a obediência. As meninas disseram: "- Você é uma bobona! Lá fora tem pipoca, cachorro quente muitas coisa gostosas...". Mas ao sairem correndo não viram um carro que vinha em alta velocidade... O carro pegou em cheio Cláudia! Gritos, choros a maior confusão. Cláudia foi levada pro hospita, ela eatava muito machucada! Paula sentiu desejo de orar por ela e no outro dia foi visitá-la. Quando chegou lá, teve vontade de voltar, pois lembrou que aquela menina zombava muito dela. Lembrou-se então, de que na igreja havia feito um propósito com Deus, ser missionária! Levar a palavra de Deus a todos. Isso foi numa manhã na EBD, quanto a tia orou por ela. Será que aquele propósito foi só num momento de emoção? A palavra de Deus ensina que devemos amar e orar por aqueles que nos perseguem. Paula encheu-se de coragem e entrou . Cláudia levou um susto ao ver Paula bem ali na sua frente, justo aquela menina que ela sempre criticava. Os pais de Cláudia perguntaram por que naquele dia Paula não fugiu do colégio? Paula respondeu: "É porque Jesus mora no meu coração! E quando temos Ele aqui dentro de nós, somos diferentes mesmo sendo crianças". Os pais de Cláudia nunca tinha visto uma garota assim. E também eles nunca tinham ouvido falar de Jesus. As pessoas não se aproximavam deles por serem muito ricos. E aquela menina em sua simplicidade falou-lhes da palavra de Deus.

Paula visitou várias vezes aquela familia, assim o evangelho foi anuciado. Cláudia e seus pais aceitaram a Jesus como seu salvador. Depois deste acontecimento chegou o dia do aniversário de Paula. Foi uma linda festa! E a palavra de Deus foi pregada através de histórias com fantoches e músicas, assim foi lançada a semente de do evangelho em muitos corações. Paula estava muito feliz! O sonho de ser missonária era uma realidade. Não precisou esperar crescer... Era uma missonária na cidade, no colégio e em qualquer lugar que ia.

E você? Já falou de Jesus para seus amiguinhos? Não perca tempo, faça como Paula. A vontade de Deus é que sejamos suas testemunhas em todos os momentos.

Adaptado do Livro: "A Pequena Missonária" - Por Marilda Ferreira de Toledo